quarta-feira, 19 de outubro de 2016

Fibromialgia versus Dietas Vegetariana & Vegana Crudívora

http://nutricao-em-fatos.org/fibromialgia-vs-dieta-vegetariana-vegana-crudivora/

Eureka! Depois de muito desconfiar que a dieta vegetariana - no mínimo, por incluir ovos e leite, dois itens tão presentes na culinária brasileira - fosse capaz de reduzir o quadro da fibromialgia, encontro esse estudo científico afirmando que foram feitos testes e pesquisas sobre o assunto.

Sim, eu sei como é difícil seguir uma dieta vegetariana em um país tão arraigado ao consumo de carnes. Mas se for para nosso benefício, o que nos custa tentar?

No início, se não conseguir, não retire totalmente a carne da sua alimentação. Vá aos poucos diminuindo as quantidades e incluindo saladas, sopas, sucos, bolos, tortas, empadões e procurar por receitas caseiras para um pão livre de glúten e lactose.

Vamos fazer o teste dos três meses juntos?

De quebra, por não ingerir o hormõnio de crescimento dado aos animais para o abate, certamente vamos perder peso.

Aguardo seu contato! :)


sexta-feira, 30 de setembro de 2016

Fibromialgia e Cloreto de Magnésio

Os portadores de fibromialgia em geral apresentam deficiência de magnésio, mineral que ajuda no relaxamento dos músculos. A reposição desse mineral tem sido utilizada em muitos estados dolorosos, especialmente em cefaléias, com bons resultados. O magnésio também pode ajudar no sono e em espasmos ou cãibras”, explica o Dr. Sérgio. Especialistas também garantem que a performance física melhora com a suplementação de magnésio, através de liberação de energia para a contração muscular.
O Magnésio activa o enzima mais importante no corpo, ATP (trifosfato de adenosina) uma molécula de energia produzida dentro de um componente das células, chamada mitocondria, “forno” da energia do corpo. Cerca de 20 por cento da produção de ATP está localizada no cérebro. Como resultado, os níveis diminuídos podem reduzir as funções cognitivas do cérebro, um problema comum em pessoas com fibromialgia.
Fibromialgia e Magnésio
O magnésio é necessário para a produção de serotonina, um neurotransmissor do cérebro, envolvido na percepção da dor. Os níveis de serotonina têm sido mostrados como sendo significativamente mais baixos em pessoas com fibromialgia. O magnésio é um dos muitos co-factores necessários para soltar e ligar a serotonina no cérebro, para proporcionar um funcionamento mental equilibrado.
É particularmente interessante que a deficiência de magnésio aumente os níveis de substância P, conhecido por ser elevado na fibromialgia.
A substância P é um Neurotransmissor de onze aminoácidos que se encontra tanto no sistema nervoso central, como no periférico. Está envolvido na transmissão da dor, causa rápidas contrações do músculo liso grastrointestinal e modula as respostas inflamatórias e imunológicas.

Fibromialgia e Magnésio
A deficiência de magnésio aumenta a substância P. Pessoas com fibromialgia têm níveis anormalmente elevados de substância P. Ela funciona como um mensageiro da dor e está associado com o processo inflamatório nas articulações. Níveis em excesso podem causar sinais de dor a serem enviados para o cérebro, mesmo quando não há nenhuma lesão ou doença real.
O Magnésio pode ajudar no cansaço, fadiga, distúrbios do sono, nevoeiro fibro, obstipação, rigidez muscular, dor (incluindo dor miofascial e dor neuropática), ansiedade, depressão (incluindo transtorno bipolar), dores de cabeça, sensibilidade excessiva sensorial (como fotofobia), arritmias, múltipla sensibilidade química (MCS) e fenómeno de Raynaud.

segunda-feira, 12 de setembro de 2016

Massagem e Fibromialgia


Muito freqüentemente, as crises de dor aguda ou mesmo as dores crônicas estão ligadas a contraturas (espasmos) de um ou mais músculos. O conceito de pontos-gatilho (trigger point, em inglês) e de como tratá-los, pode ser então uma ferramenta útil que possibilitará ao massagista eliminar com sucesso estas contraturas – e as dores a elas relacionadas.

Por volta do final da década de 20, um alemão chamado Max Lange descobriu que nos músculos podiam aparecer pontos sensíveis e que o tecido nesses pontos se apresentava mais rígido que os circundantes. Esses pontos foram batizados em 1948 pela doutora Janet Travell, médica da Casa Branca na gestão Kennedy. Ela os chamou de pontos-gatilho miofasciais e desenvolveu um método de tratamento usando injeções de solução salina nestes pontos. Mais tarde descobriu-se que era possível desativar os pontos-gatilho usando apenas a pressão direta sobre eles. Então, por definição, um ponto-gatilho é um local no músculo altamente irritável que se apresenta rígido à palpação e que produz dor, limitação na amplitude de alongamento, fraqueza sem atrofia e sem déficit neurológico.

Os pontos-gatilho são instalados num músculo toda vez que este for sobrecarregado e exigido além da sua capacidade de tolerância no momento. Uma vez instalado ele pode ficar em estado de latência por muito tempo, às vezes anos, até ser ativado. Para ativá-lo basta apenas que se some a ele uma situação de stress físico e/ou emocional e uma nova sobrecarga do músculo. Quando ativado ele produz um espasmo doloroso em algumas fibras do músculo. A situação se complica quando o sistema nervoso, recebendo o sinal de dor, intervém exigindo que o músculo se contraia, numa tentativa de defendê-lo. Esta nova contração sobre o espasmo doloroso produz mais dor. Fecha-se então um ciclo vicioso em que quanto mais dor for produzida pela contração, mais contração o sistema nervoso pede ao músculo. E o que começou com algumas fibras, logo envolve o músculo inteiro e até mesmo outros próximos, abrangendo toda uma região. Como exemplo disso temos então um torcicolo ou uma lombalgia.

Como tratá-los? Antes de mais nada é preciso localizar os pontos através da palpação. Então pressioná-los por mais ou menos dez segundos. Isto vai desativá-los. Pode ser bem doloroso, devendo por isso ser feito com calma e sensibilidade. Depois, deve-se alongar os músculos onde eles estavam instalados para devolver a eles sua extensão normal de alongamento.

Eventualmente, um massagista faz isso intuitivamente. É um procedimento até bem simples, que alivia a dor.

Fonte: Cláudio Witte. Dá cursos no Centro de Estudos de Quiroterapias – Cequiro, em São Paulo

terça-feira, 30 de agosto de 2016

Fibromialgia e Psicoterapia



Lidar com a dor crônica não é uma tarefa fácil. Ainda existe um grande desconhecimento sobre a Fibromialgia na sociedade em geral. Até mesmo na área médica, alguns profissionais relutam em concordar com este diagnóstico. Na família dessas pessoas, muitas vezes, a doença é questionada. Não é raro familiares e amigos dizerem que trata-se de “dor psicológica”, “frescura”, ou que essas pessoas estão “fazendo corpo mole”. Existe uma grande carência que muitos pacientes apresentam em serem ouvidos, serem entendidos. Quando têm contato com profissionais que realmente o escutam e entendem o seu sofrimento, isto faz toda a diferença. Muitas pessoas com Fibromialgia costumam apresentar um alto nível de exigência com os outros e consigo mesmas, além de uma baixa tolerância à frustração. As crenças irracionais de base frequentemente estão muito exacerbadas. Na psicoterapia, buscam trabalhar com a ideia de que não precisamos ser perfeitos em tudo, mas bons o suficiente. Para quem tem um alto nível de exigência, a princípio esta ideia parece estranha, mas, à medida em que essas pessoas começam a colocá-las em prática, percebem as consequências positivas das mudanças, o que gera uma evolução muito positiva no quadro de Fibromialgia, com um considerável aumento na qualidade de vida. "Que o terapeuta não se proponha a fazer um conSerto em seu paciente, e sim a compor com ele um conCerto que vá ajuda-lo a encontrar um melhor ritmo na vida"

terça-feira, 12 de julho de 2016

Dieta Low Carb e a Fibromialgia




Eu Layss @meninadefibro , comecei a dieta Low Carb por indicação da Nutricionista. Muitas pessoas me perguntam sobre essa nova dieta e se melhora a Fibromialgia, não existem textos em português ainda, então traduzir o texto de um grande médico, Dr Hansen.
Segue abaixo:
Dieta Low Carb e Fibromialgia
O importante entender que para os fibromialgicos o fundamento da dieta Low Carb é Corrigir eventuais vazamentos no intestino. Uma dieta paleo ou low carb estrita elimina alimentos como grãos, batatas e legumes que podem causar este problema, permitindo que o intestino para curar. (ATUALIZAÇÃO 2012/06/27: Evitar um aditivo chamado de carragena ... É um alimento neolítico e um inflamatório) Isso também pode ajudar com doenças auto-imunes . Parar de ingerir antinutrientes que interferem na absorção de magnésio grãos e legumes têm antinutrientes (pesquisa "fitato "no Google Scholar, se você estiver interessado). Antiácidos mantê-lo de absorção de magnésio (e cálcio, zinco e ferro) e interferir com a digestão de proteínas (scroll para baixo para as fotos). A boa notícia aqui é que esta mesma dieta vai curar o refluxo ácido - contanto que você vá fácil sobre os hidratos de carbono. (Eu tinha refluxo ácido tão mau que me deu uma úlcera de esôfago. Uma dieta low-carb curado, e eu parei meu ácido bloqueando a medicação para o bem.) Uma sugestão: faça low carb (aproximadamente 50g de carboidrato por dia ou menos).
Comer uma dieta paleo rico em magnésio. O que é uma dieta paleo? É comida que nossos antepassados ​​viveram há milhões de anos (o Paleolítico ) antes do advento da agricultura (o período Neolítico, começando cerca de 10.000 anos atrás). Pense em alimentos que você poderia começar com uma lança ou as mãos nuas no deserto, e preparar com ferramentas de pedra simples. Não pense este absurdo. (Onde o Dr. Oz acha homem pré-histórico tem fabricantes de massas?) Vegetais, frutos do mar e nozes são os grupos de alimentos com os níveis mais elevados, grama por grama, de magnésio. Como Julianne Taylor, acho levemente cozinhar os alimentos é bom. A ideia é evitar alimentos como grãos, batatas, arroz e alguns legumes que devem ser cozidos.
Exemplos de Resultados:
Caso 1: Um portador de fibro acompanhado desde 29 de novembro de 2010 revelou que ela continua na dieta Paleo. Este paciente tinha sofrido sintomas por mais de dois anos, e tinha uma resposta dramática para Paleo e exercício. Sua síndrome do intestino irritável é completamente resolvido, embora ela comeu feijão um dia e sofreu sintomas gastrointestinais. Como resultado, ela tem sido estritamente Paleo desde aquela época. Sua dor articular difusa é completamente desaparecido, embora ela faz sentir dor muscular variando de 3-5 em uma escala de 1-10 de forma intermitente. A frequência e a duração destes episódios dolorosos são marcadamente diminuída em comparação com a sua apresentação inicial. Ela está dormindo bem, e está desfrutando de uma vida fisicamente ativo em contraste marcante com os dois anos anteriores de sintomas.
Caso 2: Uma paciente com grave artrite reumatóide alcançou melhorias significativas no prazo de um mês de Paleo. Ele foi capaz de deixar de utilizar um medicamento que ele tinha usado durante 10 anos. As tentativas anteriores de parar a medicação resultou em uma piora de sua dor da artrite reumatóide. O meu filho e eu ter vindo a seguir a dieta de Paleo por cerca de um ano (após um julgamento de um ano de uma dieta vegan). Meu peso abaixou Os meus sintomas da osteoartrite melhoraram e minha pressão arterial é para a faixa "normal". Tomamos ômega três suplementos (EPA e DHA) e vitamina D-3.
O importante é retirar o glúten, visto que ele ajuda a diminuir as dores.

*Consulte seu médico, e toda dieta dwve ser passada por Nutricionista.
Fonte: RelievemyPain

terça-feira, 5 de julho de 2016

Perguntas e respostas mais freqüentes em Fibromialgia



1) O que é fibromialgia?

A fibromialgia é uma síndrome clínica que se manifesta com dor no corpo todo, principalmente na musculatura. Comumente a fibromialgia cursa com sintomas de fadiga, intolerância ao exercício e sono não repousante (isto é, a pessoa acorda cansada). Nós, médicos, chamamos a fibromialgia de uma síndrome, pois ela é caracterizada por um grupo de sintomas sem que seja identificada uma causa única para eles.

2) O que causa a fibromialgia?

Não existe ainda uma causa única conhecida para a fibromialgia, mas já temos algumas pistas porque as pessoas têm esta síndrome. Os estudos mais recentes mostram que os pacientes com fibromialgia apresentam uma sensibilidade maior à dor do que pessoas sem fibromialgia. Isto não é relacionado com o fato de se ser "forte" ou "fraco" para dor. Na verdade, seria como se o cérebro das pessoas com fibromialgia estivesse com um "termostato" desregulado, que ativasse todo o sistema nervoso para fazer a pessoa sentir mais dor. Desta maneira, nervos, medula e cérebro estariam fazendo que qualquer estímulo doloroso seja aumentado de intensidade. Uma parte do corpo que estamos sempre machucando no nosso dia-a-dia é a musculatura. Em pessoas sem fibromialgia, estes pequenos traumas, distensões e tensões passam despercebidos. Na pessoa com fibromialgia as dores vindas destas lesões são amplificadas, e começa o grande "círculo vicioso" dentro do músculo: a musculatura fica dolorida e contrai (tensiona) e esta tensão leva a mais dor, que tensiona mais o músculo, e assim por diante. A pessoa começa a não dormir bem (vide adiante) e não se exercitar, o que piora a dor muscular, mantendo o ciclo. Sintomas de depressão e ansiedade também podem piorar o quadro.
A fibromialgia pode aparecer depois de eventos graves na vida de uma pessoa, como um trauma físico, psicológico ou mesmo uma infecção grave. O mais comum é que o quadro comece com uma dor localizada crônica, que progride para envolver todo o corpo. O motivo pelo qual algumas pessoas desenvolvem fibromialgia e outras não ainda é desconhecido.

3) A minha dor é real ou está só na minha cabeça?

A dor da fibromialgia é real. Vários estudos experimentais avançados, que mostram o cérebro funcionando, mostram que os pacientes com fibromialgia estão sentindo dor e, além disso, que sentem mais dor do que pessoas sem fibromialgia. Também foram feitos estudos com o líquido que banha a medula e o cérebro (líquor) e foi visto que as substâncias que levam a sensação de dor para o cérebro estão de três a quatro vezes aumentadas em pacientes com fibromialgia, em comparação com pessoas sem o problema.
Tanto pacientes quanto médicos parecem entender melhor as causas de dor quando existe uma inflamação, um machucado, um tumor, que estão ali, visíveis, causando a dor. Na fibromialgia é diferente; se tirarmos um pedaço do músculo que está doendo e olharmos no microscópio, não encontraremos nada - porque o problema está somente na percepção da dor.

4) Existem muitos casos iguais ao meu?

Sim, existem. A fibromialgia é um problema comum, visto em pelo menos 5% dos pacientes que vão a um consultório de Clínica Médica e em 10 a 15% dos pacientes que vão a um consultório de Reumatologia.

5) A fibromialgia é uma doença nova?

Não. A fibromialgia já é conhecida há mais de 100 anos, mas se davam nomes diferentes para ela e não havia um consenso de como fazer o diagnóstico da doença. O nome mais comum que se usava era "fibrosite" . Em 1990, foram criados o que chamamos de "critérios de diagnóstico" para a fibromialgia. O termo fibrosite foi abandonado, pois "ite" indica inflamação e não existe inflamação na fibromialgia. A partir de então, o problema pôde ser mais bem estudado, o conhecimento sobre a fibromialgia cresceu, e mais e mais médicos começaram a fazer o diagnóstico de fibromialgia, o que fez aumentar o número de casos.

6) Como o médico sabe que eu tenho fibromialgia e não outro problema?

O diagnóstico da fibromialgia é clínico, isto é, não se necessitam de exames para comprovar que ela está presente. Se o médico fizer uma boa entrevista clínica, pode fazer o diagnóstico de fibromialgia na primeira consulta e descartar outros problemas. O melhor profissional para avaliar o paciente com fibromialgia é o reumatologista, pois ele é treinado para fazer o diagnóstico das doenças que acometem os músculos e as articulações, não deixando passar doenças que possam ser confundidas com fibromialgia.
O médico irá utilizar os critérios de diagnóstico da fibromialgia, que são: a) dor por mais de três meses em todo o corpo e b) presença de pontos dolorosos na musculatura (11 pontos, de 18 que estão pré-estabelecidos). Provavelmente o médico pedirá alguns exames de sangue, não para comprovar a fibromialgia, mas para afastar outros problemas que possam simular a fibromialgia, como hipotireoidismo, diabetes, entre outros.

7) A fibromialgia é um tipo de reumatismo?

Esta é uma pergunta interessante, pois não existe um consenso do que seja um "reumatismo", e cada pessoa tem uma idéia diferente quando pensa neste termo. Se considerarmos reumatismo toda doença estudada pelo reumatologista então sim, a fibromialgia é um tipo de reumatismo. Nós a classificamos dentro do grupo de "reumatismo de partes moles", isto é, que não afeta as articulações. Vale a pena salientar que a fibromialgia NÃO é uma doença que afeta as articulações, e que NÃO existe o risco de deformidades ou perda de movimentos dos membros.

8) Por que eu demorei em saber que tenho fibromialgia?

Muitas vezes, o diagnóstico de fibromialgia não está claro na primeira vez que o paciente vai ao médico. Outras vezes, o médico não está familiarizado com o diagnóstico de fibromialgia, e acaba fazendo outro diagnóstico. Felizmente, graças a programas de educação médica continuada, isto vem acontecendo cada vez menos.

9) A fibromialgia afeta mais mulheres do que homens?

Sim. De cada 10 pacientes com fibromialgia, 9 são mulheres. Não se sabe a razão porque isto acontece. Não parece haver uma relação com hormônios, pois a fibromialgia afeta as mulheres tanto antes quanto depois da menopausa. A idade de aparecimento da fibromialgia é geralmente entre 30 e 60 anos. Porém, existem casos em pessoas mais velhas, crianças e adolescentes.

10) Por que eu acordo tão cansado, como se não tivesse dormido nada?

A alteração do sono na fibromialgia é freqüente, afetando quase 95% dos pacientes. No início da década de 80 descobriu-se que pacientes com fibromialgia apresentam um defeito típico no sono - uma dificuldade de manter um sono profundo. O sono tende a ser superficial e/ou interrompido. Com o sono profundo interrompido, a qualidade de sono cai muito e a pessoa acorda cansada, mesmo que tenha dormido por um longo tempo. Isto aumenta a fadiga, a contração muscular e a dor.
Por algum tempo, pensou-se que a alteração de sono era o que causava a fibromialgia. Hoje sabemos que este problema é conseqüência da dor, e não sua causa. De qualquer maneira, é algo que deve ser avaliado e tratado. Outros problemas no sono afetam os pacientes com fibromialgia. Alguns referem um desconforto grande nas pernas ao deitar na cama, com necessidade de esticá-las, mexê-las ou sair andando para aliviar este desconforto. Este problema é chamado Síndrome das Pernas Inquietas e possui tratamento específico. Outros apresentam a Síndrome da Apnéia do Sono, e param de respirar durante a noite. Isto também causa uma queda na qualidade do sono.

11) Como a depressão ou o nervosismo estão relacionados com a fibromialgia?

A depressão está presente em 50% dos pacientes com fibromialgia. Isto quer dizer duas coisas: 1) a depressão é comum nestes pacientes e 2) nem todo paciente com fibromialgia tem depressão. Isto é importante, pois por muito tempo pensou-se que a fibromialgia era uma "depressão mascarada". Hoje, sabemos que a dor da fibromialgia é real, e não se deve pensar que o paciente está "somatizando", isto é, manifestando um problema psicológico através da dor.
Por outro lado, não se pode deixar a depressão de lado ao avaliar-se um paciente com FM. A depressão, por si só, piora o sono, aumenta a fadiga, diminui a disposição para o exercício e aumenta a sensibilidade do corpo. Ela deve ser detectada e devidamente tratada, se estiver presente. Muitos pacientes pensam que o tratamento da dor crônica melhorará a depressão, já outros pensam que o tratamento da depressão melhorará a dor. Não se deve perder tempo em questionar quem chegou primeiro; tanto a dor quanto a depressão devem ser tratadas de maneira independente, e o tratamento de ambas trará benefícios para o paciente.

12) Todas as dores que eu tenho são da fibromialgia?

Não. Ter fibromialgia não livra a pessoa de ter outros problemas do sistema musculoesquelético, como bursite, tendinites, artrites. O médico saberá separar as coisas e tratar cada problema de maneira apropriada. Por outro lado, várias dores que a pessoa pense que são outros problemas podem ser só manifestações da FM. A musculatura é o sistema mais dolorido na fibromialgia, mas já existe evidência que vários outros pontos do corpo apresentam sensibilidade aumentada. Por exemplo, o intestino; o paciente pode ter dores abdominais, diarréias alternadas com períodos de constipação intestinal, caracterizando a Síndrome do Intestino Irritável. Da mesma maneira, a bexiga pode ficar mais sensível, com a pessoa desenvolvendo a necessidade de urinar várias vezes por dia; é a Síndrome da Discinesia do Detrussor, ou bexiga irritável.

13) Existe cura para a fibromialgia ?

Infelizmente, ainda não. Porém, com o tratamento atual da FM é possível a pessoa experimentar ficar sem dor ou com a dor a um nível muito baixo. Os outros sintomas como a fadiga, a alteração do sono e a depressão também podem ser tratadas adequadamente. Mais do que em outros problemas, o tratamento da fibromialgia depende muito do paciente. O médico deve atuar mais como um guia do que somente uma pessoa que fornece remédios. É muito importante que a pessoa com fibromialgia entenda que a atividade física regular terá que ser mantida para o resto da vida, pelo risco de a FM voltar se esta atividade for interrompida.

14) Como a fibromialgia é tratada?

O tratamento da fibromialgia divide-se em quatro pontos principais:

a) Exercícios: este é o ponto mais importante do tratamento. Costumo dizer que a pessoa com fibromialgia não se pode dar o luxo de não se exercitar. A atividade física regular é o único tratamento capaz de restaurar a pessoa para uma vida normal. Todos os outros passos do tratamento devem ter somente um objetivo: deixar a pessoa mais disposta para fazer atividade física. A atividade física deve ser realizada todos os dias, de duas maneiras: um exercício que mexa todo o corpo (aeróbico), como caminhar, nadar, correr ou praticar hidroginástica e exercícios que promovam o alongamento muscular. Os exercícios devem ser iniciados lentamente, e só depois de algum tempo é que se deve chegar ao tempo total: trinta minutos por dia. Mesmo depois que o paciente chegue a este nível de exercícios, pode haver uma demora de até um ano para que os benefícios comecem a aparecer. Por isso, quanto mais cedo se começar a atividade física, melhor.

b) Tratamento do sono: o objetivo é melhorar a qualidade do sono, não a sua quantidade. O paciente terá que acordar mais descansado do que quando foi dormir. Para isso, utilizamos remédios específicos para cada caso. Os remédios mais utilizados são os antidepressivos tricíclicos, como a amitriptilina. Geralmente são usados não em uma dose para a depressão, mas pequenas doses, próprias para o sono. A vantagem desta medicação é que ela não causa dependência física. Outra medicação usada é a ciclobenzaprina, que é um relaxante muscular. Ela já foi estudada na fibromialgia, e apresenta bons efeitos no sono, na dor e na fadiga. Outras medicações são utilizadas em casos de problemas específicos, como na Síndrome das Pernas Inquietas. Em casos de dúvida um estudo do sono (polissonografia) pode ser pedido.

c) Tratamento da dor: embora não exista um analgésico que tire toda a dor em um paciente com FM, este é um item importante no tratamento, pois o paciente deve ter a sua dor reduzida a um ponto que permita o início da atividade física. Este ponto tem sido mais valorizado desde que se descobriu que a dor dos pacientes é real. O tratamento deve ser iniciado com analgésicos leves, como o paracetamol e a dipirona, e outros analgésicos mais fortes podem ser usados se necessário. É muito comum que os pacientes esperem até o último minuto para tomarem analgésicos, quando a dor está "insuportável". Isto leva à piora da dor, pois a dor mal controlada leva à contração muscular, que leva a mais dor. A fibromialgia é um estado de dor crônica, e a dor deve ser tratada cronicamente, isto é, tomando-se analgésicos em horários pré-determinados. Em alguns pacientes, são encontrados na musculatura pontos de intensa contração muscular, semelhantes a pequenos caroços: são os "pontos-gatilho". Estes pontos são focos de dor, e pioram o quadro geral, Quando exercícios de alongamento não os resolvem, o médico pode lançar mão de técnicas de injeção de anestésico local nestes pontos, que geralmente são bastante efetivas.

d) Controle da ansiedade/depressão: como foi dito anteriormente, não se deve perder tempo pensando se as manifestações de alterações do humor, desânimo e tristeza são a causa ou a conseqüência da FM. Se estes sintomas estão presentes, devem ser tratados adequadamente. Na maioria das vezes, o reumatologista pode prescrever ansiolíticos ou antidepressivos para o paciente com FM; se o caso for grave, o paciente pode ser encaminhado para um psiquiatra. Existem técnicas psicológicas, como a terapia cognitivo-comportamental, que têm sido estudadas na fibromialgia, com bons resultados. São técnicas de manejo de estresse e de como lidar com as limitações que a fibromialgia traz à vida das pessoas. Estas técnicas podem ser usadas em pacientes com ou sem depressão.

15) Todos os médicos falam que eu devo fazer exercícios para melhorar da fibromialgia, mas eu não consigo, pois o pouco que eu faço já me causa muita dor no corpo.

Isto é uma situação muito comum, principalmente no início da atividade física. É importante que o exercício seja iniciado de maneira lenta e gradualmente aumentado. Por exemplo, se a pessoa não está acostumada a fazer caminhadas, deve começar com 5 minutos por dia, e ir aumentando o tempo em 5 minutos toda a semana, até chegar a 30 minutos por dia. Não se deve ter pressa. Da mesma maneira, pessoas que faziam exercício e desenvolveram fibromialgia devem se acostumar com a idéia de que irá demorar um bom tempo até o retorno da capacidade física que tinham antes de desenvolver FM.
A dor ao realizar-se atividade física pode também ser minimizada com o uso de analgésicos antes de se iniciar o exercício. Não se deve ter medo que o analgésico irá mascarar alguma lesão ou piorar a situação. Pelo contrário, o uso de analgésicos irá permitir um melhor aproveitamento do momento de exercício.

16) Por que mesmo sem ter feito esforço, e estando fazendo o tratamento, meu corpo volta a doer?

Muitas vezes, apesar de tudo parecer bem, o corpo volta a doer - chamamos isto de "crise" da fibromialgia. Não se sabe o motivo porque isto acontece. Porém, algumas vezes a pessoa pode ter feito um esforço desnecessário sem perceber. Pacientes com FM, no dia em que se sentem melhor, muitas vezes querem "recuperar o tempo perdido" e passam a fazer tudo o que não fizeram na última semana, por exemplo. Isto leva a uma volta da dor. Da mesma maneira, atividades de repetição, como lavar e passar roupa, podem desencadear uma crise. Para evitar as crises é preciso dividir as tarefas de casa e do trabalho e fazer um pouco a cada dia, mesmo nos dias em que tudo está bem. Também é importante mudar o tipo de tarefa que se está fazendo, para sempre modificar o grupo de músculos que está sendo usado. Por exemplo, passar parte da roupa e depois ir dobrá-la, varrer somente um cômodo e arrumar as gavetas antes de passar para outro cômodo, etc... As crises da fibromialgia podem melhorar bastante com medidas simples, como repouso e um banho quente. O médico deve ser consultado para checar a necessidade de aumento ou mudança da medicação.

17) Por que eu tomo analgésicos e eles não funcionam?

Infelizmente, o alívio com os analgésicos comuns não é total na fibromialgia. Isto acontece pois ainda não dispomos de medicações que ajam na sensibilidade aumentada do corpo em relação à dor. Os analgésicos agem bem em dores com causa conhecida, mas menos nas situações em que o próprio corpo amplifica a dor. Isto não significa que os analgésicos não estejam funcionando; muitas vezes, quando se retira o analgésico é que se nota o quanto ele estava sendo útil.

18) Existem outros tratamentos que podem ajudar?

Vários tipos de tratamento já foram testados para a fibromialgia, e muitos deles não ajudaram. Porém, com o melhor entendimento do problema, novas medicações são esperadas em breve.
A acupuntura é um método que pode ajudar em casos de dor localizada e resistente, e é recomendada com certa freqüência. Porém, deve se ter em mente que a acupuntura funciona somente enquanto o paciente está sob tratamento, e não tem um efeito duradouro.
Recentemente, injeções endovenosas de lidocaína foram usadas em casos refratários, com resultados iniciais encorajadores.

Texto transcrito:

Drº.  Eduardo S. Paiva
Reumatologista
Chefe do Ambulatório de Fibromialgia do HC-UFPR, Curitiba

sexta-feira, 3 de junho de 2016

Um Diário para sua Dor





Olá amigos de fibro,

Que tal fazer um diário da Dor!?
Nele vc coloca como foi seu nível de Dor, o que te fez mal o que te chateou, o que te fez sorrir. Assim, vc compara dia que a dor foi mais fraca e o dia que a Crise foi brava, e se algo desencadeou a dor.

Me ajuda muito...
Por exemplo dias que o clima muda, sinto mais dores fortes e dias de lua cheia fico mais agitada.

Coloque no diário. as situações que mais causam dor, os locais onde o sintoma acontece, etc. Desta forma, fica muito mais fácil para o médico e o paciente entenderem como ocorrem as crises de fibromialgia, facilitando o controle da doença; – esteja atento ao que causa dor.

Observe quando ela aumenta e cuide para que não ocorram lesões que possam prejudicar o andamento do tratamento. Trabalhe sempre a ergonomia, em casa ou no trabalho, e relate ao médico qualquer dor diferente da habitual; – reconheça seus limites. Durante a prática de exercícios físicos, não tente se esforçar mais do que o normal, mesmo nos períodos onde não há dor.
 O exagero poderá comprometer o tratamento e agravar a doença. -Para os dias que faço exercício físico coloco uma carinha feliz 😀, assim consigo controlar a quantidade de exercícios que estou realizando.

Tente identificar o nível de sua dor...
Numa Escala de 0 a 10.
A escala (nível) da dor é uma ferramenta que é usada por médicos ou terapeutas e pode ser usada por nós.
Muitos utilizam uma escala de 0 a 10.

0= descreve nenhuma dor, etapa essa que as dores somem. Sim somem. Vc pode viver com o diagnostico na gaveta.

1,2 ou 3= quando possuimos algum desconforto. Aqui onde sinto um leve desconforto.

4,5 ou 6= é onde se tem uma dor moderada. Um pouco pior que um desconforto, mas ñ tão doloroso.

7,8 ou 9= esta dor é insuportavel.

10= incontrolavél

Vouu dar meu exemplo
Eu e meu Nível de DOR:
0= se eu tive algum dia não lembro direito...rss mas é qd não sinto dor alguma

1,2 ou 3= é aquela dor, que eu consigo limpar a casa, trabalhar, estudar, fazer um exercício... aquela que convive comigo. Dor nas costas, dor no pé, a roupa incomoda, mas dar pra levar, pq qd tomo um remédio ela passa

4,5 ou 6= a dor persiste em continuar, o remédio ñ faz mais efeito, o mal humor chega junto, o meu ritmo começa a diminuir, já bate aquela tristeza.

7,8 ou 9= a dor já me deixa na cama, a depressão começa a quere vir, ninguém pode encostar no meu corpo, ñ consigo pensar e a fadiga tá junto.

10= aquele momento que ñ consigo controlar, e eu qd vejo estou no hospital em prantos...

Queridos, cada corpo reage de uma forma, esse é um exemplo de como dou nível a minha dor. Cada dor é única. E tenho certeza q ela vai passar.

Que tal começar hoje escrevendo seu diário da dor!?

quinta-feira, 12 de maio de 2016

“Tenho fibromialgia e não tenho vergonha disso!”


“Tenho fibromialgia e não tenho vergonha disso!”

Hoje, 12 de maio é o dia mundial da conscientização sobre a fibromialgia. Alguns perguntam sobre a importância desta data. Há a definição de saúde, o corpo físico que não precisa de remédios segundo a medicina ocidental. Mas existem muitas doenças invisíveis, que só se vê quando a pessoa está muito mal; e a fibromialgia é uma delas.

Como é difícil descobrir que aquele conjunto de dores no corpo e mal estar generalizado tem o nome clínico de fibromialgia, síndrome do cansaço crônico, com reconhecimento pelo número CID 79.7 (já até decorei, mas quem quiser conferir: http://www.medicinanet.com.br/cid10/8063/m797_fibromialgia.htm). A medicina ocidental a varejo que trata as pessoas em massa não enxerga essa síndrome.  A medicina oriental conhecida também pela sigla MTC: Medicina Tradicional Chinesa https://pt.wikipedia.org/wiki/Medicina_tradicional_chinesa) é atualmente uma das melhores soluções para uma qualidade de vida, visto que a fibromialgia - ainda - não tem cura.

Gostaria muito de escrever esse texto nessa linha dos parágrafos acima. Como uma jornalista, uma professora. Mas não escrevo com a alma vazia. Escrevo sobre a imensa dificuldade de falar abertamente: “Tenho fibromialgia e não tenho vergonha disso!” Cada um tem a sua estória para contar, eis a minha:

Consegui me formar na faculdade e até trabalhar. Sempre soube que não tinha disposição física como as outras pessoas, mas atribuía à falta de exercícios físicos desde sempre. Nem pic-esconde e queimado escapavam ao meu cansaço.  Mas parece que precisamos perder tudo, para aprendermos a cuidarmos de nós mesmos, de fazer o que nos agrada, o que aguentamos fazer, e não o que nos é cobrado.

Chorei dois dias inteiros quando finalmente tive a confirmação da minha suspeita; tinha visto um programa na TV e tinha quase todos os sintomas elencados pelo entrevistado. No terceiro dia sequei minhas lágrimas e disse para mim mesma: “QUE BOM QUE AGORA SEI O QUE TENHO, POIS POSSO TRATAR”.

Mesmo assim, não foi fácil. Sou “veterana”, tive o diagnóstico em 2004, e só a partir de 2007/8 que a medicina ocidental se empenhou mais em ganhar dinheiro com aquelas pessoas portadoras de queixas e reclamações invisíveis aos seus modernos equipamentos de diagnóstico, molecular, eletronuclear, sem ainda saber que o problema era neuroquímico. Resultado: a pior sentença que os condenados recebem: o desterro. Pois não há respostas para a singela pergunta: “QUANDO VOCÊ VAI FICAR BOA”?

Sem essa resposta, muitas pessoas com fibromialgia simplesmente “somem”; ficam invisíveis, tal como sua síndrome: as dores são difusas e rotativas em lugares, horários e dias. Geralmente o pior horário é o da manhã, quando se dorme. Então como passear, ir a casamentos e festas se você está doente? “Doente não tem horário; e ainda que não seja transmissível nem mortal, acho melhor ficar em casa, pois ‘pega mal’ sair se você está de licença médica”. Quem que tem fibromialgia que nunca ouviu isso?

Agora, 12 anos depois, nesse dia 12 de maio é meu dia de sair do meu armário, que de Nárnia nada tem. Pós-graduações inconclusas, promessas não realizadas, planos desfeitos: nada escapa à volúpia da fibromialgia. Isso não dói. O que realmente dói é a imensa incompreensão e falta de consideração das pessoas. Só mente que está doente para faltar ao trabalho, estudo ou qualquer outro compromisso quem tem saúde. Quem tem qualquer outra disfunção física faz TUDO para dar conta do recado, serviço, palavra dada. A honra conta muito.

Felizmente encontrei nesse caminho de reabilitação muscular muitas pessoas. Aprendi muito. Talvez, muitos pensam, a vida seria melhor sem esse conjunto de fatores que nos unem, obviamente. Mas no meu caso, acredito que tenha me tornado uma pessoa melhor, mais tolerante com os outros e aos poucos, comigo mesma. A fibromialgia se impõe em todos os aspectos da vida humana. Cheguei ao ponto de mesmo falar a um ex-namorado, quando o namoro ficou firme, que eu tinha, e se ele não preferiria uma mulher “sem problemas”. Na hora, disse que não. Ao correr dos meses, não entendia de modo algum que não era “frescura” a minha necessidade maior de descanso em relação às outras pessoas.

Nem todos estão prontos para chegar para todos os amigos, vizinhos, colegas de trabalho e de estudo para “assumir” a fibromialgia. Minha estória serve de exemplo. Não acho que vou ter nenhum ganho pessoal com a divulgação da minha condição. Meu objetivo maior é tirar da apatia, tristeza e falta de esperança na vida aqueles (im)pacientes que ainda não conheceram os métodos de alívio da MTC: shiatsu, acupuntura, e principalmente o Tai Chi Chuan, que é oferecido gratuitamente em muitas praças.

Aos meus amigos pessoais que ainda não sabiam, peço desculpas por não ter contado antes. Não quis me fazer de “coitadinha”. Na verdade o período maior de vergonha foi até .... 2013, quando tive a felicidade de conhecer o grupo de tratamento na UERJ. Não pude ficar, mas entrei no ano passado, e seis meses já fizeram uma reviravolta absurda na minha vida e na das amigas que padecem do sofrimento das dores sem fim. Mas com amizades que te aceitam como você é e sem culpa, a vida se torna tão melhor, um novo patamar de existência.

Quanto à minha enorme crítica pessoal à medicina ocidental medicamentosa, há aparelhos que podem tratar os fibromiálgicos, o tratamento conhecido como estimulação magnética transcraniana: http://emtufrj.blogspot.com.br/ - fiz esse blog e geralmente alimento com informações mesmo não sendo da área biomédica. Diminuir a exposição aos aparelhos eletromagnéticos também ajuda, (ou seja, tirar "férias" da "modernidade" sempre que possível: wifi, forno microondas etc)

Fiz o canal no youtube “Bom dia Fibromialgia” e me assustei MUITO com a minha própria cara, mas ERA MAIS IMPORTANTE VENCER MEU EGO DE ME EXPOR PARA LEVAR ALGUM ÂNIMO PARA OS PORTADORES NESSE HORÁRIO TÃO INGRATO. E quem me conhece sabe como prezo a palavra ÂNIMO.

Infelizmente não estou trabalhando. Como na época que estive de licença médica, não pude ser útil à sociedade. Tento dentro dos meus limites me esforçar ao máximo – sim, aquilo que tanto criticam muitas vezes é o meu máximo – estou sempre estudando pois minha antiga médica da ABBR disse que seria melhor para mim ser professora. E digo a todos que padecem da fibromialgia que o melhor emprego é aquele em que você se sente confortável, dentro dos seus dons e habilidades!!!

Que esse texto possa ser útil aos que lerem, portadores, familiares, amigos.

Estou à disposição para todas e quaisquer dúvidas.
Abraços cordiais,
Ana Marta Soares Vasconcellos
Instagram: @anamartavasconcellos

Vídeo: A arte de não ter respostas
https://www.youtube.com/watch?v=aMIDvifgwLc

Canal: https://www.youtube.com/channel/UCOvIeL1tZ28TW_aTdfnEUFg


quarta-feira, 11 de maio de 2016

Fibromialgia na Infância


Ocorre mais frequentemente em adolescentes, embora já tenha sido descrita em crianças de 2 a 6 anos de idade. Um estudo israelense encontrou que 6,5% das crianças e adolescentes em idade escolar apresentavam os sintomas da fibromialgia.
Não se sabe a causa da fibromialgia, porém, fatores como traumas emocionais, estresse e ansiedade estão relacionados com o início dos sintomas, em crianças predispostas e com baixo limiar de dor. São crianças em que o organismo interpreta e responde ao estímulo doloroso com maior intensidade e duração.
O tratamento da síndrome de fibromialgia na faixa etária pediátrica é baseado principalmente em técnicas não farmacológicas. O uso de medicações como analgésicos comuns ou anti-inflamatórios não hormonais não apresentam boa resposta.
Apesar destas crianças e adolescentes apresentarem intolerância ao exercício físico, é fundamental a realização de atividade física regular por, pelo menos, 45 a 50 minutos, 3 a 5 vezes por semana. A atividade física regular diminui a sensibilidade à dor devido à liberação de endorfina (analgésico natural) no organismo, diminui a ansiedade e melhora a qualidade do sono. A atividade física deve ser prazerosa, o que facilita a aderência e auxilia no tratamento. No início o paciente pode queixar-se de piora da dor, porém, deve ser estimulado a persistir para obter melhora.

A psicoterapia, em especial a terapia cognitivo comportamental (um tipo de psicoterapia que utiliza estratégias e técnicas com o objetivo de reinterpretação de uma emoção negativa), tem um papel importante no tratamento destes pacientes. Terapias alternativas como a acupuntura apresentam respostas positivas em alguns casos.

Uma vez reconhecida e tratada, geralmente a fibromialgia em crianças e adolescentes evolui bem. Sabemos que a dor sentida é intensa e real e que, para o sucesso do tratamento, o paciente e sua família devem estar envolvidos e comprometidos.

terça-feira, 10 de maio de 2016

Mãe com Fibro


Olá!!! Estou de volta!!!!! Hoje vou contar um pouquinho da minha experiência em ser mãe e portadora da fibromialgia... Como vocês sabem, tenho duas filhas... uma de 8 anos e outra de 2 anos e 8 meses!!!
Ser mãe não é uma tarefa fácil, independente de ser portadora de alguma síndrome ou doença!!!! Nós colocamos sempre nossos filhos em primeiro lugar!!! Percebo q quando temos a fibromialgia isso fica mais evidente... é de nossos filhos q tiramos forças para prosseguir... Por eles q nos levantamos todos os dias, mesmo que nos arrastando!!! Não sou perfeita e estou muito longe de ser, mas procuro ao máximo me dedicar e participar da vida das minhas filhas.
Eu desenvolvi a fibromialgia quando a Duda estava com 3 anos, então foi um pouco mais “fácil”, porque ela já não precisava de colo constantemente, ela já estava na escola e eu trabalhava, mas não era todos os dias, então tinha períodos de descanso. Já com a Sofia foi e está sendo diferente, foi uma gestação com a fibromialgia me acompanhando e depois q ela nasceu o “problema” era carrega-la no colo, pois eu sinto muita fraqueza, dormência e tremor nos braços e mãos, então achei uma solução... quando saia de carro lavava o carrinho dela (comprei um carrinho tipo guarda-chuva, super leve e que era fácil empurrar) e quando saia de ônibus eu usava um baby bag ou canguru, isso me ajudava bastante, porque o peso dela ficava dividido.
Agora elas já estão maiores um pouquinho, mas é claro q ainda precisam de mim!!!! Sofia é ainda um bebê, que precisa de colo, claro que ela não anda o tempo todo no colo, mas eu ainda a carrego... Duda já está ficando uma mocinha, mas também requer minha atenção, sentamos para estudar, melhorar a leitura... enfim, coisas q mães fazem!!!
Eu tenho a impressão, que nós, mães fibromiálgicas, criamos filhos mais amorosos, mais preocupados com o outro, estão sempre querendo ajudar, querendo cuidar... enfim... seres mais humanos!!!! Cheguei a essa conclusão conversando com as professoras delas... Minhas filhas estão sempre querendo ajudar, “preocupadas” se está tudo bem... Espero q as outras mães, q não são portadoras dessa síndrome, não fiquem chateadas, mas involuntariamente, nós passamos isso para nossas crianças, porque realmente precisamos de ajudas.
Eu não escondo das minhas filhas as minhas limitações... tem dias q consigo sentar no chão e brincar com elas e outros não, brincamos na cama ou no sofá!!! Tem dias que dá para correr pular... outros vamos sentar e desenhar!!! Tem vezes q preciso ficar deitada, quietinha no escuro, porque senão, minha cabeça vai explodir e outros, podemos assistir um filme bem legal... podemos colocar uma música bem agitada e podemos cantar bem alto!!!! Acho isso muito importante para o desenvolvimento de nossas crianças!!!!
Bem... Espero ter contribuído um pouquinho!!! Para quem ainda não é mãe... Não tenham medo... É uma sensação maravilhosa e descobrimos como podemos ser fortes!!!! Pode deixar perguntas e sugestões!!! Durante essa semana estaremos fazendo postagens diárias!!!
                               Bjinhos!!!! Fiquem com Deus!!! E Feliz Dia das Mães, porque dia das mães é todo dia!!!
Carla Mãe Com Fibro

segunda-feira, 9 de maio de 2016

A Borboleta e a Fibromialgia



A cor que simboliza a Fibromialgia é o lilás.

“A borboleta é abraçada como um símbolo da sensibilização da Fibromialgia. Suave como a respiração, quase sem peso, é uma excelente alegoria ao impacto, até mesmo o mais leve toque num paciente com Fibromialgia. (…) 


Um dos principais sintomas da Fibromialgia é a sensibilidade sensorial. Não só ao toque, mas ao som, visão, olfato, paladar e sentimentos, por vezes, podem tornar-se extremamente sensíveis. Este é um sintoma real, mas é muitas vezes ninguém conta como um sintoma. (…) Mas a pequena borboleta nos representa em mais maneiras do que só como um símbolo da sensibilidade sensorial. 
Há quatro etapas que completam o ciclo de vida total da borboleta.


Posso dizer que eu não era uma imagem muito bonita quando fiquei doente. Um pequeno ovo com uma enorme frente de trabalho. Havia, certamente, quatro camadas na minha ex-pele necessárias para tirar o lixo do meu passado, pelo menos.


 E houve um tempo de retiro, onde o mundo foi desligado e as montanhas internas foram transferidas. Eventualmente, esse dia chegou quando eu também estava pronta para voar para longe e encontrar a vida novamente.


 Vivemos numa sociedade instante. Muitos têm a sorte de ter o que eles querem antes mesmo de saber que eles querem. Mas a Fibromialgia está em desacordo direto com este estilo de vida exigente.

A medicina moderna dificilmente pode tratar os sintomas, e muito menos ter conhecimento da causa ou uma possível cura. 
Mas eu acredito que, com base na minha experiência, eu não teria sido forte e vitoriosa na minha viagem com a fibromialgia se eu não permitir que o ciclo de vida de estar doente, perder tudo, de pé com as pernas bambas e colocando um pé na frente do outro até que eu esteja a correr de novo, pronta para voar no meu desconhecido infinito. 


Eu não fiz nada mais difícil na vida, mas posso dizer-lhe, sem sombra de dúvida razoável eu não seria quem eu sou hoje se eu não tivesse passado por essa metamorfose dolorosa. 


A vida é mais rica, menos complexa e muito mais preciosa do que eu imaginava.”


Essa semana vamos juntos usar lilás ou uma borboleta, vamos conscientizar a todos!
#uselilas
#juntospelafibro
#fibromialgia

domingo, 8 de maio de 2016

Mães com Fibro-Feliz Dia das Mães

"Eu já conheci mães de varias esferas
Mães  belas,
Esbeltas,
Guerreiras,
Mas nenhuma delas se destaca
mais que essa quase semideusa Mãe de Fibro.
A Mãe com fibro é uma Leoa que Mata um Gigante a todo momento, principalmente o gigante da Dor.

 A mãe com Fibro é aquela que passou a noite rolando de dor e mesmo  cansada, depois de uma noite mal dormida, faz tudo do mesmo jeito: dá banho, comida, brinca, trabalha, cuida da casa, e coloca o filho para dormir.

A Mãe com Fibro segue o turno de 24 horas, 7 dias por semana.
 É aquela que mesmo com dor executa muito mais do que duas tarefas. Atende ao telefone, empurra o carrinho, abre a porta, escreve um bilhete, e dá a última colherada do prato (são só alguns exemplos das combinações possíveis).

A Mãe com Fibro é aquela que suporta o peso do filho, o abraço apertado, e quando o filho sorrir, naquele minuto toda dor passa.

A Mãe com Fibro nunca desiste de seus filhos, não mede esforços para amar. É capaz de sacrificar-se, de ir além das próprias forças pra cuidar, proteger, fazer reviver a vida.

Parabéns Mãe com Fibro, por vencer todo dia a Dor e mesmo assim, ama, cuida, protege, chora, socorre, luta e vence.

Hoje te desejo a Cura. Que ela chegue com o raiar de um novo dia e inunde a sua vida Mãe, de um balsâmo reparador, regenerador e te transforme no padrão da perfeição aos olhos do Pai Celestial.  Pois eu sei mãe, tua Dor não é frescura!"
Layss Alcântara

segunda-feira, 2 de maio de 2016

10 Dicas para quem tem Fibromialgia


Andei sumida, mas hoje tenho várias dicas para nós, que temos FIBROMIALGIA.
Então, vou dar 10 dicas de produtos que não podem faltar em nossa vida. Mas a maioria de nós pacientes, temos falta dinheiro e tempo. Já que gastamos muito com tratamento. Te digo essas dicas são fáceis e cabem em nosso bolso.


1. Bolsa térmica ou saco térmico
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Acessível e bastante essencial, a bolsa térmica, principalmente a quente, é encontrada na maioria das farmácias. O calor acalma a dor, em tempos frios ficamos mais sensíveis a dor, portanto ajuda a manter a temperatura do corpo. Aqui em casa tenho duas, o que me ajuda muito. Tem umas que podem ser aquecidas no microondas.
Preço: R$10,00 un












2. Caixa organizadora de remédios
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Não é que atue diretamente na dor, mas ajuda bastante a manter os medicamentos organizados e ainda evitar o stress devido o esquecimento. Com a caixinha sei quais medicamentos devo tomar e os que já tomei. Ajudando tbm a economizar remédios, pois com a desogarnização acabamos perdendo remédios o que custa caro e ainda comprimidos ficam sujos tendo que joga-los no lixo.
Preço:R$6,90un


3. Manta-Cobertor
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Elas mantem a temperatura do corpo. E nada melhor que deitar e cobrir com algo que não nos incomoda. Então invista em um cobertor bom. Existe tbm mantas elétricas, que podem ser utilizadas nos dias bem frios, visto que no frio a dor aumenta.
Prefira cobertores de casal pois são maiores. E uma dica até msm no sofá mantenha o corpo aquecido, isso para dias mais frios.
Preço: 100,00 un - Manta casal comum
350,00 un - Manta elétrica





4. Luvas para artrite
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Não existem produtos específicos para portadores de fibromialgia. Uma grande ajuda é buscar nos produtos para artrite. Um ótimo produto são as luvas para artrite. Ela ativa o calor do corpo, melhorando a circulação sanguínea auxiliando no alívio da dor. Apesar de não ser bonita...rs ajuda e muito.
Preço:R$195,00 par



5. Mochila
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Eu não uso muito, mas deveria.
.. Pois quem tem fibromialgia senti dores nas costas constantemente. A mochila é o modelo mais indicado, mas muitas mulheres (como eu) temam usar bolsa "de lado", para os homens já é mais fácil.. faça o teste e veja a diferença
...eu não uso frequentemente, mas vejo a diferença quando uso. Se pudesse tinha de todas a cores...rsrs já que sou uma louca por bolsas... Faça o teste!
Preço: a partir de R$99,00



6. Pijama
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Outra sugestão é um bom pijama. O que nós fibromiálgicos precisamos é de uma noite bem dormida. Se dormimos mal, acordamos mal e com dores... Nada melhor que um bom pijama quentinho e leve. Um dos melhores são de algodão, mas há preferência de cada um. Mas invista em um bom pijama.
Preço: R$70,00 un



7. Produtos calmante
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O nome é estranho mas foi o mais ideal. É um produto que ajude a relaxar, acalmar, descansar a alma... Pode ser um livro, um cd, um banho de espuma, um creme relaxante... mas a sugestão é que se faça esse relaxamento pelo menos uma vez por semana. Esse momento é para ficar sozinho, um momento só pra vc. Por exemplo amo ler e escutar musicas. E vc??
Preço: depende do produto escolhido




8. Óleo essencial
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Não vou citar marca, pois cada paciente reage de uma forma. Já usei óleo de amêndoas, , maracujá, lavanda... hj estou usando de alecrim... mas tento variar. Tem pessoas que gostam do "doutorzinho", excelente escolha tbm. Lembrando que primeiro faça um teste e veja se não tem alergia a algum componete. Muitos óleos ou pomadas ajudam até mesmo na enxaqueca.
Preço: R$10,00 em farmácias



9. Um bom sapato
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Um dos lugares que a maioria sente dor é nos pés, pois ele sustenta nosso corpo. E para não ficar parado, nós fibromiálgicos necessitamos se movimentar e com menos dor. Hj vou indicar duas marcas para sapatos femininos usaflex e moleca tem o preço mais bacana e para os homens ferracine. Outra dica é carregar sempre na bolsa um chinelo...rs sim! Qd se sentir cansado troque de calçado.




10.Colchão
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Nosso último produto, e o mais caro, eu estou tentando juntar din din para comprar um bom.
Pois um bom colchão é essencial para qualquer paciente com fibromialgia. Uma pessoa "normal" passa um terço da vida num colchão logo para nós que necessitamos de relaxar e deitar em um bom colchão. Pois a maioria das vezes acordamos com rigidez no corpo. Então nada melhor que um bom colchão.
Bora juntar din din...rs



Fonte: Site Fibromialgia
           Preços pesquisados no mercado do ES