quarta-feira, 11 de maio de 2016

Fibromialgia na Infância


Ocorre mais frequentemente em adolescentes, embora já tenha sido descrita em crianças de 2 a 6 anos de idade. Um estudo israelense encontrou que 6,5% das crianças e adolescentes em idade escolar apresentavam os sintomas da fibromialgia.
Não se sabe a causa da fibromialgia, porém, fatores como traumas emocionais, estresse e ansiedade estão relacionados com o início dos sintomas, em crianças predispostas e com baixo limiar de dor. São crianças em que o organismo interpreta e responde ao estímulo doloroso com maior intensidade e duração.
O tratamento da síndrome de fibromialgia na faixa etária pediátrica é baseado principalmente em técnicas não farmacológicas. O uso de medicações como analgésicos comuns ou anti-inflamatórios não hormonais não apresentam boa resposta.
Apesar destas crianças e adolescentes apresentarem intolerância ao exercício físico, é fundamental a realização de atividade física regular por, pelo menos, 45 a 50 minutos, 3 a 5 vezes por semana. A atividade física regular diminui a sensibilidade à dor devido à liberação de endorfina (analgésico natural) no organismo, diminui a ansiedade e melhora a qualidade do sono. A atividade física deve ser prazerosa, o que facilita a aderência e auxilia no tratamento. No início o paciente pode queixar-se de piora da dor, porém, deve ser estimulado a persistir para obter melhora.

A psicoterapia, em especial a terapia cognitivo comportamental (um tipo de psicoterapia que utiliza estratégias e técnicas com o objetivo de reinterpretação de uma emoção negativa), tem um papel importante no tratamento destes pacientes. Terapias alternativas como a acupuntura apresentam respostas positivas em alguns casos.

Uma vez reconhecida e tratada, geralmente a fibromialgia em crianças e adolescentes evolui bem. Sabemos que a dor sentida é intensa e real e que, para o sucesso do tratamento, o paciente e sua família devem estar envolvidos e comprometidos.

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